quarta-feira, 22 de julho de 2009

RODA DAS ENCARNAÇÕES

Roda das Encarnações

A Predestinação

A doutrina da Predestinação, prega que o homem não é livre em suas ações, e que Deus, desde a eternidade, já determinou o modo de vida e de morte que cada um há de levar.

Esta é a doutrina Maometana do maktub (estava escrito) ou esta é a minha kismet (predestinação).

A doutrina Calvinista prega também a predestinação, mas de outro modo, seus adeptos acreditam que mesmo o livre arbítrio nos é negado, sendo a graça de Deus concedida apenas a uns poucos eleitos...

diz Calvino "o homem não possui a faculdade de praticar boas obras, a menos que seja assistido pela graça, e esta graça só é concedida aos eleitos em sua regeneração".

Assim, antes de tudo, uma parte da humanidade está predestinada a receber esta graça e outra não.

Segundo os teólogos da Igreja Católica Romana, a predestinação é um ato da vontade de Deus, pelo qual Ele resolveu, desde a eternidade, conduzir por Sua Graça certas criaturas à bem-aventurança Divina.

A escolha é segundo uns gratuita, não tem outro motivo senão a vontade de Deus.

Segundo outros, baseia-se na previsão dos méritos, isto é, o conhecimento de Deus que esta pessoa fará, com o auxílio da graça Divina, as obras necessárias para merecer a sua glória.

A primeira hipótese é suportada por Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, citando muitas passagens da Bíblia, como a eleição de Jacó e a reprovação de Esaú já antes de seu nascimento.

Segundo o apóstolo São Paulo, a predestinação é um mistério impenetrável, se fosse dependente de nossos méritos seria coisa simples e natural.

O karma e a reencarnação

É verdade que nossa vida foi predestinada. Nossa entrada neste mundo físico corresponde fatalmente a uma necessidade, resultante de uma causa misteriosa: nossa vida presente é o resultado de nossas ações nas vidas passadas. Se assim não fosse, não poderíamos crer num Deus infinitamente justo.

Se alguém nasceu para sofrer, sem que o merecesse, e outro para gozar, igualmente sem todo o merecimento por sua parte, a vida seria obra do Acaso, ou o Criador seria injusto. Ora, ambas estas hipóteses são impossíveis, pois o Acaso cego, não pode existir num mundo em que percebemos uma Direção Inteligente por toda a parte, desde a organização dos cristais, das plantas, dos animais, até o cursos dos astros, as leis do micro e do macro cosmos, tudo nos leva a uma Inteligência Universal, a que vulgarmente chamamos Deus, sumamente Justa, ela equilibra tudo e faz tudo depender de uma causa.

Porém, nem sempre podemos observar a causa quando vemos o efeito...

Todo o mistério da predestinação é explicado pela pré-existência: já antes de nascermos nesta vida, tivemos outras existências, e nascendo, trouxemos conosco a soma do bem e do mal, adquiridos na pré-existência, ou, em outras palavras, trouxemos a nossa boa ou má sorte, a nossa felicidade ou desgraça, a nossa elevação ou humilhação, que são os efeitos de nossas ações em nossas vidas anteriores, como atualmente preparamos ou predestinamos o nosso futuro.

Não devemos esquecer que as nossas ações de hoje, podem modificar o destino que trouxemos quando nascemos.

Quem, apesar de viver em sofrimentos, não desanima, mas erguendo a fronte espera a vinda de dias melhores e pratica todo o bem possível, expiará as faltas cometidas no passado e elevar-se-á na escala dos seres. Ao passo em que todos os que abusam de sua feliz situação presente, sofrerão no futuro.

Deus predestinou todos os Seus filhos à felicidade eterna; ninguém pode perder-se para sempre, porque todos são partes do todo, e este sempre existiu, existe e existirá. O que está predestinado a desaparecer, são os erros, as ilusões, o mal; porque só a verdade, o bem e a beleza são eternos.

A Graça de Deus opera em todos os seres, e cada um a sentirá, quando estiver preparado para recebê-la.

A Providência Divina

A Providência Divina guia os homens no caminho da evolução, por meio da Palavra Interna, que é a Voz de Deus em cada um de nós; é o Cristo Interno, que nos fala incessantemente, mas cuja voz só percebemos quando nos pomos no estado receptivo, "entrando no silêncio", fechando os ouvidos para as vozes dos desejos e inetersses materiais egoístas, e abrindo os ouvidos para a Alma, para perceber o que o Cristo nos diz. Ele é a verdadeira Luz para a alma; Ele é o melhor Guia e Mestre para todos os que procuram a Verdade e o Bom eterno; pois ele é o laço da União de todos os entes humanos, que dá a Consciência do verdadeiro Ser Humano, e ao mesmo tempo Ele é o Caminho para se alcançar a Consciência Cósmica, que nos põe em União Consciente com Deus, nosso Pai Espiritual.

A Roda das Encarnações

Se a reencarnação é um fato, porque não nos lembramos das vidas anteriores?

Há pessoas, que em determinadas condições lembram-se ou podem ser levadas a relatar suas vidas passadas com grande exatidão.

Entretanto a absoluta maioria das pessoas encarnadas, não se lembra de suas vidas anteriores enquanto corpo físico. Isto é uma grande benção ! como explica Max Heindel: Porque há em nossas vidas passadas (quando éramos muito mais ignorantes do que agora) negras ações que exigem retribuição, e esse destino vai-se liquidando gradualmente; de modo que, se conhecêssemos nossas vidas saberíamos como e quando a Lei da Causa e Efeito nos traria a retribuição desses maus atos, veríamos a horrenda calamidade que sofreríamos e o medo nos tiraria toda a força que necessitamos para lutar na batalha contra o destino, e nos encontraríamos inertes e indefesos.

Por outro lado, não conhecendo o que se passou conosco, igualmente não conhecemos o que está por vir, e por conseguinte, aprendemos as lições sem que o medo nos prive de nossas forças.

Além disso, para aqueles que verdadeiramente desejam, há certos meios de saber as lições que teremos que aprender, e como podemos fazê-lo da melhor maneira possível. Por exemplo, nossa Consciência sempre nos indica o caminho a seguir, se conseguirmos parar para ouví-la...

Se estudarmos Astrologia, o Horoscopo nos mostrará as tendências em nosso mapa, bem como as linhas de menor resistência, assim que trabalhando com as Leis da Natureza, podemos nos adiantar mais rapidamente em nosso caminho.

Em Zanoni, Bulwer Lytton fala de um horripilante espectro com o qual se encontrou Glyndon, que estava tentando dar um passo no seu desenvolvimento, esse é chamado no Ocultismo de Guardião do Umbral.

No intervalo entre a morte e um novo nascimento, o homem não vê este Guardião do Umbral, que é na verdade a encarnação de todo o nosso mal passado, e perante ele tem que passar todo aquele que desejar entrar nos mundos internos conscientemente e alcançar um conhecimento completo de suas interdições; porém há também outro Guardião, que é a encarnação de todo o bem que tenhamos feito, e a este Guardião podemos chamar de nosso Anjo da Guarda.

Se tivermos a coragem de passar perante o horrendo espectro, ao qual percebemos primeiro por ele estar formado de matéria emocional densa, em breve obteremos a força e acoragem de permanecer sem medo, no meio das tormentas pelas quais tem que passar todo aquele que caminha pela Senda do desinteresse. Porém antes de passarmos por este espectro, não estamos preparados para conhecer nossas vidas anteriores; temos que contentar-nos com a visão que tem o restante da Humanidade.

A memória das vidas passadas não é dada aos homens para seu divertimento, ou para satisfazer a sua vã curiosidade, mas apenas para oferecer-lhe uma lição necessária e útil. Só quando uma pessoa atingiu um degráu onde lhe é útil rever o passado, para evitar erros no futuro, recebe o dom de lembrar-se de suas vidas anteriores. Essa lembrança vem então geralmente na forma de sonho ou visão. Também aí se cumpre a lei que diz: - "Quando o discípulo está pronto para receber as lições do Mestre, este se lhe apresenta". Isto é, quando a personalidade chega ao degráu onde pode unir-se com a individualidade, esta amplia o seu horizonte de saber, mostrando-lhe o passado, a fim de elaborar o bom futuro.

Muitos pensam que se conhecêssemos o nosso passado, nossas existências anteriores, poderíamos melhor aproveitar a vida presente. Como já mencionado, a lembrança dos erros ou pecados, às vezes até crimes, cometidos nas vidas anteriores, produziria na personalidade atual só desgostos; e muitas vezes a levaria a praticar novos atos maus, como vingança, atrasando assim o verdadeiro progresso da Alma.

Além destes motivos puramente morais, há um de natureza física: em cada encarnação. A Alma reveste-se de um novo corpo, cujo cérebro atual nunca respondeu as condições das vidas anteriores, assim, não podendo-se lembrar-se físicamente dos atos e fatos passados em existências precedentes. Somente quando o cérebro for capaz de responder à memória conservada no Eu superior (a Individualidade), pode esta memória ser impressa sobre a consciência da vigília.

Texto retirado da Internet

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